Quem sou eu ?
Sou a pessoa que segura o timão desse barco ¨minha vida¨,desde que me lembro sempre quis lançar esse barco nas águas do oceano ¨mundo¨,em busca da ilha desconhecida ¨eu¨.
Na infância e na adolescência tinha um capitão meio severo , que comandava esse barco paralelamente comigo ¨meu pai¨. Como queria navegar por mim mesma, quando me apaixonei aos 15 anos , não pensei duas vezes, e aos 18 anos, quando terminei o curso de secretariado me casei, mas só troquei de capitão, continuava a ser comandada.
Não conseguindo partir em busca da minha ilha, atraquei em um porto seguro, neste meio tempo, depois de um ano fiquei grávida do meu primeiro filho, depois de um ano e meio nasceu o meu segundo filho, hoje com 26 e 27 anos.
Estou casada à 28 anos, tenho uma família ótima, moro em Porto Alegre,no bairro Ipiranga em frente uma praça, adoro a natureza.
Leciono na rede municipal de Alvorada, 40 horas em duas 4ª séries, adoro o que faço, não me imagino fazendo outra coisa, estou sempre procurando inovar, estimular e incentivar os alunos, inventando novas estratégias.
Voltando um pouco no tempo,quando ansiava por colocar meu barco em ato mar, lembro-me de um episódio que permitiu-me vislumbrar a ilha desconhecida, foi quando cursava o 2º grau , devo dizer que o meu irmão ¨gênio¨, também estudou n mesma escola, o professor de direito, ao entregar as provas de sua disciplina ,parou e falou: - Não acredito! Denise, irmã do Daniel , ficar na média o teu ,irmão só tirava dez . Não gostei de ouvir aquilo e respondi : - Não sou irmã do Daniel, ele que é meu irmão. Daí em diante, lancei-me aos livros de direito, e todas as aulas dele passaram a ser praticamente um questionamento da aluna para o professor. Não preciso dizer que nunca mais ele mencionou o nome do meu irmão, e só tirei dez. Foi aí que comecei a descobrir um pouquinho da ilha desconhecida,mas até hoje não se completou essa descoberta,pois a cada por do sol observado do convés significa uma nova descoberta e novos desafios.
Hoje olhando para dentro de mim, vejo que o professor, de uma maneira errada ,acho,acabou por me incentivar, desfiar, e eu pergunto,qual a maneira certa para incentivar, desfiar os nossos alunos, levando em conta que cada um é um ser único ?
Sou professora por vocação, desde que comecei a me entender por gente, gostava de brincar de escola, claro que eu sempre era a professora.
Só fiz o magistério bem mais tarde, por medo de sair de uma escola conhecida e enfrentar outra desconhecida , mas valeu a pena, foi depois de zarpar do meu porto seguro, quando meus filhos já tinham 15 e 16 anos. .Então realizei o meu sonho, ser professora, queria mudar tudo, queria dar liberdade paras os alunos questionarem , se posicionarem e até discordarem do professor, com argumentos fundamentados,pois nunca vivi isso no meu tempo de aluna e fez falta.
Ainda tenho medo de ser como o professor de direito, por que até hoje não acho que foi a maneira mais correta de me incentivar, mas torno a perguntar:
- Qual é a maneira mais correta? E se no final o resultado for satisfatório? O que conta?
Estou fazendo esse curso,para adquirir mais conhecimento,sanar os meus e poder fazer pelos meus alunos o que eles esperam de mim.
Quando, se, conhecer toda a minha ilha desconhecida, quero aportar em um porto seguro com a consciência de um capitão que comandou seu barco sem naufragar e sem desistir.
2 comments:
Bom dia Denise, tu estás sendo uma surpresa para mim.Quanto educador penso que a maneira mais correta de incentivar e educar o aluno, seja tratando-o como um ser humano único, diferente dos demais.Aproveito para lembrar, aula presencial dia 04/10/2006, no Pólo. Bjs.Adriana
Bom dia Denise, acredito que estejas em construção, as respostas referentes ao texto do Durkheim. Aproveito para avisar que durante o feriadão, o Pólo, abrirá na sexta-feira, dia 13/10/2006, das 8h as 12h. Bjs.Adriana
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