Monday, November 15, 2010

# EIXO VII       

Neste semestre iniciamos a aula do SI VII, na prática, e mais uma vez nossas professoras nos desafiaram.
Fizemos um trabalho de investigação com material concreto, onde as evidencias analisadas nos levaram a levantar hipóteses, analisar e concluir, percebemos que para chegarmos a uma conclusão satisfatória precisávamos analisar cada detalhe profundamente reunindo todas evidencias possíveis, e não levantar hipóteses baseadas nas aparências, pois uma evidencia analisada superficialmente pode mudar todo o contexto.Isso nos levou a refletir sobre o nosso dia a dia como educadoras e sobre nossos alunos.
Temos que avaliar a fundo as evidencia para conhecer nossos alunos, nossa prática e não sermos injustas, nem sempre o que parece é.
Na disciplina de Didática, entre os diversos textos lido,o de Maria Bernadette "Planejamento: em busca de caminhos", fez com que repensasse no planejamento e didática das minhas aulas, observando mais uma vez que podem ser flexíveis, temos que nos adaptarmos aos conhecimentos dos nossos alunos , pois eles trazem uma leitura de mundo  própria do meio em que vivem, sendo assim nos cabe o papel de professor problematizador,  investigador, relacionando o que estudam com o cotidiano, com as informações de vida deles, essa relação faz com que entendam melhor e se apropriem dos novos conhecimentos. Neste contexto a avaliação é automática, diária e reflexiva.

http://deniseribmartins.blogspot.com/2009/10/oi-simone-me-pergunto-isso-quando-estou.html

http://deniseribmartins.blogspot.com/2009/10/entendendo-nossos-alunos-para-que-o.html

http://deniseribmartins.blogspot.com/2009/10/oi-simone-respondendo-tua-pergunta-como.html
Lendo o texto da disciplina Linguagem e Educação de Angela B. Kleiman, "Conceito de letramento e suas implicações para alfabetização", deparei-me com um trecho que me chamou atenção e me fez refletir,
"Determinar o que seja um texto significativo para a comunidade implica,por sua vez, partir da bagagem cultural diversificada dos alunos, que, antes de entrarem na escola, já são participantes de atividades corriqueiras de grupos sociais que, central ou perifericamente, com diferentes modos de participação mais ou menos autônomos, mais ou menos diversificados, mais ou menos,prestigiados), já pertencem a uma cultura letrada."
Pois muitas vezes temos que seguir os tais de conteúdos mínimos estabelecidos para o currículo definido para todas turmas, de acordo com os parâmetros supostamente representativos, mas como já vimos o planejamento é flexível.
Segundo as autoras Maria Isabel D. Zen e Loli Favielo, no que concordo, "As relações da leitura, escrita e oralidade são construídas a partir de determinadas práticas culturais e estruturas sociais e de acordo com as demandas /necessidades da escola".
Não falamos sempre da mesma forma, nem escrevemos sempre adotando o mesmo estilo, varia,pois a escrita e a fala não são modalidades fixas,formais, sofisticadas, coloquiais ou planejadas ( Kleiman,1995).Percebemos tudo isso, ou seja, levar sempre em conta a bagagem que o aluno trás,assim todas as disciplinas se interligam, interdisciplinas, uma completa a outra, mas sempre estando atentas as necessidades dos alunos, fugindo dos planejamentos tradicionais ditados apenas pelos conteúdos obrigatórios, este semestre foi muito significativo para que eu refletisse e colocasse ainda mais em prática o que vinha aprendendo desde o início do curso, valorizando cada vez mais o aluno e seus interesses.
Uma atividade da disciplina do EJA, era fazermos uma entrevista com uma(o) educadora(o) do mesmo. Nunca tinha tido contato com esse tipo de docência e seus alunos.

http://deniseribmartins.blogspot.com/2009/10/alfabetizacao-adultos-que-retomam.html

Percebi que o desafio do educador do EJA é conciliar duas realidades, alunos mais maduros e jovens adolescentes, dentro da sala de aula, de modo que o adulto aprenda mesmo com suas limitações e o jovem permaneça em sala de aula, mas a meu ver o principal desafio seria integrar essas duas realidades de modo que uma aprendesse com a outra. Essa experiência foi muito gratificante, despertou o meu interesse em lecionar para esse público.
Principalmente quando tivemos que apresentar o Portifólio, desse semestre, onde escolhi como tema principal, o EJA, os relatos foram muito esclarecedores, tendo debates sobre cada apresentação e esclarecimentos por parte da professora orientadora, foi uma das apresentações mais esclarecedoras e ricas para mim.
A disciplina de Libras, foi a mais desafiadora deste semestre, pois nunca havia estudado, embora conhecesse pessoas surdas e já havia visto comunicarem-se entre si,mas nunca tinha nem tentado praticar.
Eu acho que as pessoas surdas são mais observadoras que a maioria das que ouvem, talvez porque no mundo delas não haja som, e isso desperta o senso de observação. No mais são pessoas tão normais quanto qualquer outra, com suas carências, sonhos e anseios, mas que precisam ser reconhecidas pelos seus talentos e o mundo ser mais adequado as condições delas, por exemplo ser obrigatório no currículo estudar a língua de sinais, para as crianças é bem mais fácil aprender e sabemos que elas aprendem entre si com mais facilidade, pois embora tenhamos várias maneiras de nos comunicar a língua seja ela qual for exerce um entendimento e uma comunicação entre as pessoas. Estudando essa disciplina, entendi o quanto é importante que se inclua essa disciplina no urrículo, poiscom a inclusão estamos sujeitas a receber alunos surdos, e temos que estar preparadas para atendê-los com qualidade, isso fez também com que o meu olhar ficasse mais atento a todos os meus alunos,observando todas as suas limitações, sendo auditivas, visuais ou outras.Todas depende de planejamento, didática e conhecer bem nossos alunos.

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